Projeto do IFPA Campus Abaetetuba sobre conservação do bioma aquático está entre os finalistas da 22ª edição da Febrace 2024
O projeto “Agenda 2030 e as estratégias socioambientais para conservação do bioma aquático amazônico: a parceria entre IFPA campus Abaetetuba e os ribeirinhos do rio Jarumã” está entre os projetos finalistas da 22ª Edição da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia – Febrace 2024. O projeto desenvolvido pelo professor Josiel Vilhena e pelos alunos Arielson Dias e Geiciane Souza está competindo na categoria Ciências Humanas.
O principal objetivo do trabalho é analisar as possíveis estratégias socioambientais da comunidade ribeirinha do rio Jarumã em parceria com o IFPA Campus Abaetetuba diante da “agenda 2030” no que diz respeito a poluição dos rios. O contato e integração entre os moradores do rio Jarumã e o campus é feito de duas formas: por meio de visitas dos membros do projeto até as comunidades ribeirinhas com o uso de meios de transportes seguros e sustentáveis como canoas a remo e caiaque, e também convidando os moradores a visitarem a instituição.
Durante as incursões é realizada a coleta e análise dos principais resídios sólidos encontrados nos rios. Em seguida os pesquisadores analisam as melhores formas de reaproveitamento dos materiais, assim como a organização de atividades de conscientização ambiental e oficinas de reaproveitamento de matérias voltadas para os moradores ribeirinhos das áreas abrangidas pelo projeto.
Dentre as atividades está a parceria com escolas municpais ribeirinhas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Ilha Sirituba; Santo Antônio e Santa Terezinha, na ilha Tabatinga, por meio da qual são realizadas oficinas e palestras sobre a conscientização pela conservação dos rios, assim como a implementação de ortas escolares com a utilização dos materiais reciclados encontrados no rio.
A professora Renata Araújo, da escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro destacou como o projeto tem contribuído para a conscientização dos estudantes. “Nossa escola teve uma excelente experiência participando da construção de uma horta utilizando materiais retirados dos rios, o diálogo com os alunos sobre a conscientização da retirada desses resíduos do meio ambiente e reaproveitando dos materiais foi muito produtivo, pois é muito importante através dessas práticas sustentáveis cuidar e melhorar o meio ambiente”.
A aluna Geiciane Souza, uma das organizadoras do projeto, é estudante do curso de meio ambiente, e também ribeirinha e moradora da comunidade do Rio Tabatinga, o que faz com que a atividade tenha uma experiência especial para ela. “Foi muito bom para mim ir para a minha comunidade e conversar com as pessoas sobre os problemas que enfrentamos todos os dias, por causa da poluição dos rios e mostrar para eles um projeto com ideias para lidar com esse problema. O rio é muito importante para nós, vivemos perto dele. Eu adorei todas as nossas visitas do projeto, porque as comunidades nos receberam com muita alegria, para nós, ribeirinhos, é muito importante saber que tem pessoas que se lembram das nossas comunidades e querem fazer algo para nos ajudar”, declarou Geiciane.
Os resultados do projeto são muito positivos, um movimento socioambiental que faz a diferença na vida dessas pessoas. “Foi desafiador e recompensador poder dialogar sobre a “Agenda 2030” com os moradores das ilhas Tabatinga e Sirituba em especial sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14º “Vida na Água”. Construir ações a partir da convergência de esforços entre o IFPA e as comunidades ribeirinhas da região em torno de um modelo de desenvolvimento verdadeiramente sustentável proporciona o sentimento de que conseguimos, de fato, estabelecer uma relação entre parceiros, frisou o professor Josiel Vilhena, coordenador do projeto.
Os integrantes do projeto viajam no dia 18 de março para São Paulo, onde apresentarão projeto de forma presencial. A premiação para os projetos vencedores está prevista para o dia 22 de março.
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